sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Da mesma hora à hora de sempre

ó tristeza, mãe adotiva de todos os poetas,
te vejo em cada face sofridamente nordestina
e patamar de muro
dessa minha cidade obscura,
onde ao norte, a poucos metros de quem anda,
se vê o Rio Sergipe fulgurando as suas
águas de sempre, tingindo de sempre a paisagem
cristalina nas partes de sua única ponte histórica,
com as pessoas que a olham, fronte virada para a Barra,
na dobrada da Barão de Maruim, ornadas de monotonia
e  pressa, com indiferença sergipana de sempre.

o tempo em Sergipe não passa,
oscila da mesma hora à hora de sempre.

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