segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sem Nome 4

Suponhamos uma época onde não se havia nada do que temos hoje. Dois primatas, que se escondiam sob uma lúgubre caverna devido a chuva forte que caía, perceberam que, após a chuva, a entrada da caverna, por ficar mais suscetível ao temporal evidentemente, se transfigurava num flácido lamaçal. Ainda sob a caverna, obscura e até quente, os dois olhavam o cair das gotas e, de repente, o mais baixo e gordo deles, comunicou ao amigo que tinha raciocinado o que se segue após ver quatro taipas colocadas a um canto de modo a haver madeira para a fogueira: "Se o chão é sólido e as taipas são sólidas, podemos não mais afogar os nossos pés na lama caso coloquemos, por cima dela, essas taipas". O outro, pondo a mão no queixo, deixou-se levar pela conjectura do amigo e, sem muita pretensão, disse-lhe "Pois que façamos um teste". Colocadas as quatro taipas sobre o lamaçal, o que dera a idéia sentiu-se na obrigação de passar por elas primeiro, e passou. Com o sorriso no rosto, da outra margem da pequena ponte, falou ao outro "Consegui".

Eis que assim começou toda ciência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário