pelas frestas da pequena janela cinza,
sobre a qual o mundo se estende ao meu quarto,
os primeiros raios de dia vêm abrir os meus olhos
contrafeitos em camadas de remela.
com que indiferença acordo para a vida,
de onde sigo caminhos em branco para um ponto indefinido,
talhando grandiosas esculturas de vácuo em porções gigantes de areia,
como um poeta que escrevesse um belo poema para a sua musa.
desde o pote do café à escova de dente,
todos os objetos e pessoas, invariavelmente,
suscitam no meu organismo aquela vontade cansada do vômito.
não vomito - as tarefas sim, me escarram pela porta de casa.
vou, vencido, fazer o improvável para ter os méritos:
envelhecer com uma aposentadoria digna.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
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