sábado, 11 de junho de 2011

Dos extemporâneos

Não se deve dedicar atenção devida a filósofos que não tenham proporcionado aos seus leitores largas risadas. Somente o riso, principalmente aquele de fisionomia diabólica emergido em traços brancos de trevas bem profundas, é capaz de esmorecer e esmiuçar! Os grandes, os maiores poetas que li, com raríssimas exceções indubitavelmente audazes que não me proporcionaram cerrar um canto da boca e franzir a testa, todos foram, no momento mais oportuno, perfeitos palhaços, ou ainda, estetas jocosos: Aristófanes, Nietzsche, Cioran, Voltaire, Pessoa, Shakespeare, Dostoiévski, Machado, Grass!

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