terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Sem Nome 16

revisito os escombros da pequena
casa demolida.nada sobrara.
senão a irregularidade dos blocos
fornidos.desfeitos na poeira
que esvoaça e irrita os olhos.
a laje no chão.prensando
sobre os entulhos a vitalidade
das almas que a construíram.
era uma residencia particular.
além de pessoas nela também
jaziam sonhos.essas peças senis
construídas sem argamassa.
onde nas paredes se colecionam
as vaidades das pessoas
que querem preencher o tempo.
e foram tantos anos de paredes
preenchidas.mas a força olvidou
o laivo de beleza que havia
em cada bloco.tudo ruiu
e as lágrimas foram insufucientes
para exprimir o que era aquele pranto.
as lágrimas não eram verdadeiras.
verdadeiros eram os escombros
e as lágrimas febris que desciam
rápidas dos olhos.
a casa era uma mentira.

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