domingo, 17 de outubro de 2010

Esperando primaveras

você não pode imaginar o que penso. embora indiferente, respeito os sentimentos ternos. não tente revogar com  hipóteses tiradas do desejo sano essa flor que tenho resguardado para as primaveras, que é quando estou sozinho - à vontade comigo. entumescida na sua beleza, é senão mais preciosa que meu coração, que só tem carne e não sente, que bate tanto e não vive. não adianta o sarcasmo breve só por não trazer os olhos úmidos ao festim do público. retenho lágrimas sempre quando posso - não preciso que me vejam chorando. todos se vitimizam porém, no mais das vezes, são fortes e viris. eu também sou - só não desaguo meus oceanos em praias no mais das vezes turvas.

Um comentário:

  1. Pois é se vitimar, é conseguir fazer com que os olhos se voltem para nós, para quem sabe nos fortalecer o ego, ou até nos refugiarmos do vazio. E o fingimento do bem estar, quando se deseja chorar, e chorar por se sentir bem, mais na verdade está mal, porque ninguém o/a vê.

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