sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Para acabar com o homem

Que seria do homem sem as arbitrariedades da convenção? Algo que invejo: um macaco. Por conveniência atribuímos a nós o título de racionais, porque a faculdade do pensamento dá, ao homem, a risível pretensão de ter quem lhe seja subserviente e inferior. Que há de mais cômodo, para quem se encontra desnivelado ao encaixe da existência, senão todas as qualidades que possuem os protozoários, as amebas, os fungos e os vermes. Não canto o orgulho de ter um corpo cheio de órgãos e um cérebro transbordante de pensamentos, pois, com eles, como que num ímpeto involuntário, por também achar-me superior à qualquer coisa que não consigo conceber, tiranizo a minha vontade de inércia submetendo-a às rigorosas exigências de um sistema fisiológico limitado e jocoso. Desprezo a raça humana, bem como todas as suas construções. Se me fossem dados poderes etéreos, como o de decidir o que faria da minha vida e das pessoas, optaria pela aniquilação coletiva - pela vida dos irracionais e da matéria morta.

2 comentários:

  1. Peço lhe licença, pois este espaço é seu por direito. Para acabar com o homem! Andei observado algum de seus textos são excelentes pensamentos, mesmo contradizendo muito que a alheia pensão, mas se entendi bem sua colocação sobre a humanidade me lembro de um pensador extremista “Eduardo” FC. Com sua frase demasiada: só vejo a solução eficaz em nosso caso extinção tipo aquele que extinguiu os dinossauros.
    Quando vimos os caos da humanidade eu também já tinha pensado nisso, o homem não tem mais jeito só mente acabando com tudo! Mas algo me fez pensar diferente todos nos temos uma historia fascinante de si próprio, uns a conhecem outro não. A vida é algo esplendido, quem leu as cláusulas da vida percebeu que a felicidade a tristeza o estresse o ócio, enfim é privilégio dos vivos, não a céus sem tempestades.

    ResponderExcluir