sai da tumba, Rimbaud,
sai para celebrarmos esta obra que se põe em vida,
desentranhada da mais orgânica profundeza do meu estômago
lembrando as pequenas foices de metal raro
sai, caro pederasta e mítico de França!
eles celebram vida enquanto, em cada palavra,
me rasga a carne e a alma o arame farpado
de cada verso que não diz nada
quem sabe cartilhas do ensino público
não alimentem o senso devasso de suas
almas sem fundo e me declarem,
como a princesa portuguesa,a alforria dos bruscos
senhores que atravessaram o Atlântico pra derramar este sangue.
sai da tumba, Rimbaud, à luz da aurora só reluz termos vícios
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