Sob os raios compenetrantes do sol globalizado,
à rua movimentada do centro comercial da cidade caótica,
encosto-me a um poste, de modo a descansar o corpo aguado
fumando, tranqüilo, um cigarro breve.
A brisa não chega serena,
traz um vento morno que me arrefece o pensamento,
e na vertigem de querer sair pela boca a alma,
além da fumaça, de repente o vômito.
Curvo-me enfermo com o antebraço sobre a barriga,
dispenso pedir ajuda aos transeuntes curiosos que,
sem parar, admiram o meu estado roto - morra o homem!
Tiro do bolso o algodoado lenço branco e o arrasto por toda a
superfície da tez suada e franzida. Fujo da esguelha dos vigias
de frente das lojas e, fumando,volto a caminhar de novo.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
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