sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

um trânsito extático de pensamentos
transversando, exato, a minha imaginação...
as nuvens, ao alto do céu azul que não diz nada,
demarcando o tempo que, a cada segundo passado
se aniquila, também não dizem nada.

Mas tudo o que é sob o céu
tem de tudo um templo, porque se movimenta e tem afetos,
e por tudo fazemos orações e poemas,
aguando de bálsamo a ceia que nos é posta sobre mesa da vida
para comermos sem doce de após a janta.

A insignificância de cada palavra mirrada,
confeitando de colorido o bolo queimado de ser,
não me traz ao sobrolho o sorriso dos bobos
nem o dissimulado pundor das ninfas castas.

Porém há Jesus, onipresente,
em cada parágrafo, encerrando nas grades de uma agonia humana
o elixir das flores que morrem sem existir porque são flores.

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