sábado, 1 de maio de 2010

Ad infinitum

era uma segunda-feira quente. o sol, que se refletia laranja em cada rosto, criava uma abominável sensação de náusea no espírito. eu esperava, ainda com o sono, pelo ônibus que me levaria até a universidade. havia, além de mim, várias outras pessoas fincadas na calçada do ponto fazendo serão para distrair a morte - eles iam ao emprego, eu, à universidade. esperavam também pela condução e suavam e se impacientavam às vezes mais do que eu. mas por que a primeira pessoa, se o ponto de referência dessa história é todo mundo? ainda agora pensava no final, no desfecho florido e cartesiano para cada personagem. mas concluo que não são as pernas que nos movem até o ponto; é qualquer coisa que não é a vontade.

Um comentário: