nasci sem pernas.
desde criança o sol a mim se afigurou estanque
- iluminou dias que não foram meus,
enlevou sonhos que eram de outras gentes.
os meus diamantes não os divido,
guardo-os escondidos na esperança rente,
e não me interessam os que não sejam meus
nem a quem eles pertencem.
sou pelo quarto onde o destino, por maldade,
me pôs trancado. A minha vida, desde sempre,
foi um fardo
- a indumentária que veste um espírito decadente.
Mas os diamantes, que à vida são mais caros,
estes são só meus - não os divido com essa gente.
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