sexta-feira, 17 de setembro de 2010
O poeta velho
O poeta era louco e ninguém o entendia. Gritava, rasgante, em cima de um dos bancos da praça "Vamos todos ao medo!". O pequeno caderno, defronte do rosto, aparentava-se velho, e talvez houvesse em suas páginas toda uma vida. Noutros tempos, decerto, os gritos foram outros. Mas o poeta era velho e o que agora gritava era em favor do medo "Vamos todos ao medo! Vamos todos ao medo!".
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colega meu postou uma frase interessante um tempo desses: "não sei quanto aos anjos, mas é o medo que dá asas aos homens"
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