quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Inércia e ação

O que Gandhi tem que eu não tenho? O sentimento social de alguns humanistas embasbaca-me. Uma chama de vida e certeza contorna-lhes de brio as ações, fazendo daquilo por que lutam o escopo em que miram todo o seu amor, de tal forma que se afiguram superiores aos outros e tudo, ao que me consta, parece-lhes recheado de um sentido que não esvazia-lhes a segurança. O humanista só difere do assassino em série no que tange a lucidez, porque ambos parecem ter convicção ilimitada de como agem, não travando os seus impulsos apaixonados em vista da possibilidade de um insucesso que pode lhes ser muito custoso. Sendo assim, para não me alongar, proponho mais uma vez a indagação: que tem Gandhi que eu não tenho? O meu desejo é de morrer pela humanidade. Mas há muitos espinhos entre a inércia e a ação.

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