segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Oração ao Senhor

Dai-me, senhor, o discernimento para que o corpo da mulher cheia de pecados não contamine os meus olhos. Fazei do meu coração, invólucro onde se escondem incertezas, a morada na qual os valores que lhe apetecem sejam absolutos. Esquivai a minha alma humana da tristeza e da angústia, corroborando para que ela, sempre vulnerável às incógnitas defendidas, não se curve, mais uma vez, à descrença e volte a incorrer no maligno pecado. Peço-lhe a consubstanciação, o padecimento das dúvidas através da enlevação da fé, e que a Parousia, cuja verdade é escopo da indiferença dos ateus e dos gentios, aconteça hoje mesmo, de modo que eu, agora adepto da genuflexão secular da igreja, seja um entre os seus servos salvaguardados do castigo dissoluto. Afastai Satanás de perto de mim, Grande Pai; carrega para longe toda e qualquer influência má que possa vir a transtornar minha vida. Fazei de mim um instrumento a favor dos pobres e das massas oprimidas, dando-me a disposição necessária para levar-lhes as palavras irreparáveis, permitindo, a todos estes injustiçados, a alegria de terem nem que seja uma noite de sono tranqüilo. Dai-me inteligência para que sejam calorosas minhas preces; quero dizer em nome dos fracos e dos vazios; noites extremas perfazem as almas destituídas de norte; e, contrariando a vossa paz, da dispersão destes confusos filhos sempre surgem relevante número de poças de sangue. Ilumina com o vosso amor os meus passos, Senhor, para que sejam claros os meus caminhos. Das tuas palavras desejo ter o cabal conhecimento porque repassá-las a quem não as conhece também faz parte da minha vontade. Não temeis em apostar neste que agora vos pede tanto, pois aqui, com sinceridade e atenção demasiada, fala-lhe uma alma encimada sobre os joelhos. Ouvi, Deus irrefutável, um homem que é só arrependimento e fome de eucaristia.

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