sábado, 23 de abril de 2011

Das motivações excisadas

Sobrara de tantas demolições alguma coisa a ser destruída. Talvez um mínimo fiapo de razão ou qualquer réstia sóbria do homem. Ou quem sabe, ainda, um excedente de Deus que transbordara em séculos mais crentes do que o nosso. Senão, na correria da inteligência para arrematar as antigas formas e levar ao chão os aspectos positivos e negativos da filosofia um dia vigente, carece de sentido viver sem ter o que derrubar, sem repositório onde possamos descarregar as erupções do nosso intelecto. O sentido de viver e pensar é guerrear contra a contradição. Demais, visto isso, ela é repugnante e necessária.

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